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A Doutrina Espírita nos ensina que não é por acaso que estamos reencarnados. Deus elaborou leis que regulam o funcionamento do universo em todos seus aspectos. A cada reencarnação temos a oportunidade de evoluir.
A reencarnação ocorre no seio familiar. Dependendo de nossas necessidades evolutivas, de quais experiências devemos passar, reencarnamos em famílias mais ou menos estruturadas.
Existem aqueles que reencarnam em uma família onde recebem todo apoio e carinho, outros em famílias com problemas, onde os pais estão sempre em choques entre si e com os filhos, e outros que, num extremo, reencarnam na orfandade dependendo do apoio de outros.
Tudo de acordo com quais situações o Espírito deve encontrar para auxiliá-lo em sua evolução. Todos os Espíritos envolvidos no núcleo familiar têm deveres assumidos uns com os outros.
No Decálogo está escrito: “Honrai vosso pai e vossa mãe”. Allan Kardec nos ensina que isto é uma consequência da lei de caridade e amor ao próximo.
E os nossos familiares são os próximos mais próximos! Na família o Espírito aprende a exercitar o amor, a compreensão, o desapego e a caridade.
Como podemos amar ao próximo se não amamos nosso pai e nossa mãe? Se não conseguimos exercer o perdão e a tolerância para com eles, como podemos fazer isso para os outros? A palavra “honrai” implica num dever ainda maior, a piedade filial.
Deus quis mostrar que além de amá-los, devemos também o respeito, a submissão e a condescendência, assisti-los em suas necessidades.
Devemos lembrar os cuidados que recebemos de nossos pais durante nossa infância e ter o mesmo cuidado com eles durante sua velhice.
Devemos isto também àqueles que se encontram no lugar de pai e de mãe, pois o mérito destes é ainda maior.
Deus pune de forma rigorosa a violação deste mandamento. Infeliz aquele que se esquece de tudo o que recebeu das privações que outros passaram para sustentá-lo.
O ingrato será punido pela ingratidão e pelo abandono, ás vezes desde a vida presente.
Existem pais que não cumprem seus deveres, não apoiam, não dão a atenção aos filhos.
Mas, não cabe aos filhos reprová-los, pois nasceram nesta família porque provavelmente mereciam que assim o fosse.
A caridade nos estabelece que devemos pagar o mal com o bem, sermos indulgentes com as imperfeições alheias, esquecer e perdoar as ofensas, e mesmo amar os inimigos, essa obrigação é ainda maior quando nos referimos aos nossos pais.
Sabemos que todos os males têm origem no egoísmo e no orgulho, os pais devem estar atentos ao desenvolvimento da criança e se ela mostrar que tem algum destes vícios, os pais têm o dever de não deixar que eles se desenvolvam.
Devem fazer todos os esforços. Muitas vezes não se tem êxito, mas se foi feito todo esforço possível, Deus lhes dará a consolação de que numa próxima existência esta tarefa se concluirá.
Deus não faz as provas superiores às forças daquele que pede, então, os pais têm toda a condição de terem sucesso nesta tarefa fazendo todo o possível pelo adiantamento moral de seus filhos, poderão ficar de consciência tranquila.
PARENTESCO CORPORAL E PARENTESCO ESPIRITUAL
Os pais não criam um espírito para seu filho, o Espírito já existia antes da formação do corpo, o que os pais fazem é fornecer um invólucro corpóreo e devem ajudar no seu progresso intelectual e moral.
Mas, os laços de sangue não são necessariamente os laços entre Espíritos. Numa família, geralmente temos Espíritos que são simpáticos entre si, mas pode ocorrer que sejam totalmente estranhos uns aos outros, às vezes separados por antipatias, e a reencarnação deles numa mesma família, serve como uma prova.
Os verdadeiros laços entre os Espíritos não são os da consanguinidade e sim os de simpatia e comunhão de pensamentos.
Estes laços verdadeiros unem os Espíritos antes, durante e depois de sua encarnação.
Por isso, podemos ter dois irmãos que se antipatizam completamente enquanto dois estranhos que sentem uma simpatia grande entre si.
Então temos as famílias pelos laços de sangue, que podem ser frágeis, extinguem-se com o tempo, às vezes desde a vida presente, e temos as famílias pelos laços espirituais, que são duráveis e continuam no mundo dos espíritos
BIBLIOGRAFIA
Kardec, Allan, Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XIV